domingo, 3 de maio de 2009

Ponte do Galego, Marzagão

Hoje, com especial carinho para Marzagão, que teve a sua festa, deixo uma fotografia da Ponte do Galego que tirei na minha última deslocação à aldeia (5 de Abril). Esta ponte é conhecida como sendo uma ponte romana, vejamos o que dela dizem os entendidos:
"A Ponte do Galego constitui um belo exemplar de arquitectura civil no actual concelho de Carrazeda de Ansiães. Esta estrutura, realizada com silhares de granito, possui dois arcos de volta perfeita e um tabuleiro plano. No seu lado montante exibe um talhamar de secção triangular, um talhante no pegão central e quatro agulheiros sob cada um dos arcos. O tabuleiro possui cerca de 24 m. de comprimento por 3.80 m. de largura e é precedido e antecedido por vestígios de uma calçada com marca de rodados. Esta calçada poderá testemunhar um dos últimos vestígios de um eixo viário que ligava a antiga vila de Ansiães com Arnal, estabelecendo-se a partir daqui a ligação ao Douro, nomeadamente à foz do rio Tua. A ponte do Galego, que permite a travessia da Ribeira de Linhares, encontra-se ainda em bom estado, possui as respectivas guardas e um aparelho em excelentes condições de conservação. A cronologia da sua fundação poderá remontar à Idade Média."

Fonte: site do Ministério da Cultura

1 comentário:

  1. A Ponte Romana de Marzagão, vulgarmente conhecida por Ponte do Galego, é um monumento notável de dois arcos de volta perfeita.Esta ponte é para mim muito familiar, pois um dos terrenos que confronta com uma das paredes da ponte pertenceu ao meu avô, Manuel Arlindo Araújo,e que actualmente é pertença da minha mãe. Ouvi contar ao meu avô, várias vezes, que além de ser um grande contador de histórias era um enamorado das tradições da nossa aldeia, o porquê da atribuição do título do " Galego" a este monumento. Aquando da Guerra Cívil de Espanha, (1936-1939), um natural da região da Galiza procurou refugio no nosso País para fugir ao serviço militar que teria que prestar no confronto bélico. Por cá permaneceu.Comprou o terreno " Chão do Galego", ainda hoje pertença da minha família, e assim deu nova denominação a esta pitoresca ponte medieval.
    Esta velhinha e esquecida ponte tinha, não da minha lembrança, proteção lateral superior também em blocos de granito.Porém, aquando do grande restauro da nossa igreja, orientado pelo meu tio materno, António Luís Meireles,parte desse granito foi reutilizado no Templo. Muitas dessa pedras já estavam caídas nos terrenos adjacentes.
    A Direcção Regional de Cultura do Norte deveria promover esforços para recuperar e valorizar este monumento. Aguardemos que esse dia chegue !

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